Raquel Borsari

Fragmentos da pequena Alice...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

TEM DIAS...

Tem dias que somos mais ausentes, passamos o dia distantes de nós mesmos. A ausência provoca a incerteza, nos afasta do otimismo, concentra o vazio e se estende ao vácuo do pensamento.

Mesmo sem ter aparentes motivos, fatos reais e factuais, preciso dizer que acontece. É como uma caixinha de surpresa, no fundo do pote haverá o inusitado. Esta sensação desaparece no auge de uma cobertura mais emocionante, mas retorna quando a adrenalina vai se reduzindo aos poucos.

Ouço agora uma bossa nova, um clássico Elis e Tom. Canções que podem eternizar os bons e maus momentos que sentimos sem a previsibilidade que almejamos na vida.

Dias incertos, incertezas mais certas e constantes. Momento que vaga sem previsão de início e fim.

Tem dias que somos assim...não há o que se entender! Tem dias que não somos, apenas sentimos!

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinicius de Moraes

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Um pouco confusa...

Aos 27 anos vejo que aprendi muito com a vida, apesar de querer sempre mais. Mas tenho a sensação de que não vou descobrir o amor. Certo dia pensei que amei ou amava...descobri que não. A experiência de alguns anos não foi suficiente para tal descoberta. Sinto o despreparo constante para amar, me entregar, deixar rolar...

Desde pequena os sonhos nunca foram o véu e grinalda em uma linda igreja ao estilo romano. Pelo contrário, sempre que fechei os olhos me via só, mas feliz, independente, profissionalmente realizada. Há anos sigo este caminho, esta luz que pode me levar a um túnel infinito.

O atual é complexo por demais. Mensagens, ligações, encontros casuais que me confundem sobre este sentimento que é chamado de amar ou até e simplesmente gostar. Tenho pessoas especiais ao meu lado, mas não sei ao certo se alguma delas me completa de verdade.

E neste obscuro caminho, vou seguindo...confusa, um pouco perdida..apenas sei que por agora... “meus melhores beijos serão seus...sinto que você é ligado a mim, sempre que estou indo, volto atrás. Mas estou entregue a ponto de estar sempre só...”

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O coração ainda bate...

Talvez por um alguém em especial, mas fundamentalmente pela vontade de viver intensamente. Aproveitar cada “frame” desta existência, suspirar, respirar, transpirar, transpor os conceitos, propor novas idéias, ir além, desejar o que está aquém, subestimar o controle, perder-se no senso comum...

Hoje houvi sábias palavras de um amigo, ele dizia: “Na vida real não há edição”. A mais pura verdade! E completou ainda...teorias nem sempre são aplicadas na prática. Perfeito! Viva a vida!

Então é isso...Good Luck! É só isso, não tem mais jeito, acabou...boa sorte! Vamos viver e deixe o coração bater por um alguém que possa vir a merecer, mas, em especial, pela vida que nos une e nos separa!