Raquel Borsari

Fragmentos da pequena Alice...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ausência pertinente

Estou certa de que somos parte da extensão de nossos pais, com a permissão de peculiaridades genéticas, físicas, biológicas e até mesmo fragmentos que se formam e personalizam de acordo com a vida, experiências vividas, o velho senso comum, a interferência permissível das histórias, dramas, fracassos e sucessos alheios. São tantas as interferências que nos perdemos no tempo, no descompasso da direção certa, na incerteza e conflito entre o que queremos e somos.

A presença paterna sempre foi um desejo, mas chega um determinado momento da vida que é preciso crescer, amadurecer e aceitar que nem sempre isso é possível. Apesar de tão perto, pode estar muito longe do que almejamos, um dia sonhamos, pedimos e tanto lutamos, é preciso descansar a incansável busca de um dia acreditar que mesmo não sendo, um dia poderia se tornar!


Frustração? Um pouco. Mas não há nada de tão ruim, que não possamos fazer deste fragmento despedaço um aprendizado. Interferências que se instalam e podem ser reflexões para escolhas futuras na vida. Do mau exemplo, façamos bons exemplos para as próximas gerações.

Porém, mesmo diante das dificuldades, da aceitação de que alguns homens não foram feitos para se tornarem pais, apenas uma certeza: AMOR INCONDICIONAL!