Raquel Borsari

Fragmentos da pequena Alice...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Meu labirinto...

Perder-se do tempo, no tempo! Percorrer um longo caminho, entre lacunas, faixadas, dividir-se em um caminho tortuoso, uma entrega ao plano de escolhas e renúncias.

Feche os olhos, sinta o vento...abra os braços, sinta o abraço! Permita-se e envolva-se no mais tênue caminho, um labirinto de conflitos, prazeres, desejos, fracassos e sucessos!

Abra os olhos, olhe ao redor. Perceba! Apenas perceba e reflita sobre o que significa ser e ter. Perder faz parte do jogo, encontrar o caminho certo, é a recompensa do esforço!

A melhor parte do perder é encontrar!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Desejo de um Altar Particular!

Mais um dia se foi...cancelei a produção de uma reportagem, adiei a gravação de um comercial porque me sentia assim, um pouco cansada. O dia foi corrido, manhã acelerada para pautar com conteúdo o telejornal das 11h45. A noite anterior foi de muito trabalho, organizando as notas dos meus alunos, preenchendo os dados finais. Mente cansada, talvez seja esta a explicação para a sensação de um vazio no findar da noite!

Como a busca é incessante pela perfeição, melhor adiar e cancelar dentro das possibilidades para fazer um trabalho melhor! Em casa, primeiro o computador, depois umas ligações inadiáveis, uma mensagem de conteúdo ansioso por notícias e que tal assistir a programação televisiva? Foi o que fiz e me deparei na Rede Cultura com as canções de uma compositora e cantora que adoro, Maria Gadú.

E é justamente ao som de uma melodia inspiradora que resolvi escrever. O nome da canção é ALTAR PARTICULAR! Letra perfeita...

“Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
No teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal”

Senti o imenso desejo de ter esta canção para mim, com extremo egoísmo de ter o pertence de letra, sentimento de amor e até mesmo o da ausência. Não é o que verdadeiramente sinto, mas desejei!

“E então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós”

Fico com o desejo de que cuidem de mim. Quando penso na solidão, percebo que em alguns momentos da minha vida este sentimento surge, mas não chega ao ato desesperador, de dor! Em meio a tantos em uma multidão, podemos nos perder no vazio do pensamento e a solidão se torna uma companheira!

“Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor
Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao que chamo de amor”