Raquel Borsari

Fragmentos da pequena Alice...

domingo, 16 de maio de 2010

Tardes e noites de domingo...

Quebrando mais uma vez o protocolo, Fragmentos de domingos tão parecidos, mas sempre provocam mudanças em minha vida.

Portas fechadas, cena típica...silêncio não permitido...ao fundo, vozes que confundem com o início do entardecer... as mesmas frases, lamentações, o mesmo roteiro de uma vida perdida, poucas vitórias e derrotas não admitidas!

No interior do quarto o roteiro também é típico, sentimento de angústia...a vida passa e repassa em seus diversos momentos em uma trilha sem fim. Um saudosismo único e inexplicável.

Ainda bem que existe o recomeçar, a segunda-feira em que o trem retoma o seu trilho com destino ao trabalho...me recomponho e volto a ser Raquel!

“Num entendi o que você falou”...

É meus amigos a vida é feita de gafes...quem nunca errou que atire a primeira pedra, mas não vale a Pedra Itaúna, viu? Todo caminho tem seus percalços, na vida existem erros e acertos...e como uma pobre mortal já passei por cada situação, vou contar algumas que ficaram marcadas nesta jornada intimista com o jornalismo. Vamos por tópicos. Que tal?

HUM? SÉRIO?

Trabalhava no jornal impresso. Missão: entrevistar a banda daquela conhecida música...O homem nasce mané, cresce mané e morre mané... mas a “mané” daquela história era a pobrezinha da Raquel que mal sabia o nome da banda, muito menos o que perguntar...fui escalada de última hora. Recepcionada no hotel, com a galera toda reunida jantando...rapazes muito cômicos, daqueles que tiram onda e onda...rs mas o tsunami se preparava para entrar em ação...daí veio a afirmação: beleza pessoal, posso tirar uma foto individual de cada um? Putsssss... Nem preciso contar o fim da história, né?!



Ah pára, vai!

Visita de um belo governador na cidade. Raquelzinha escalada para uma entrevista exclusiva..Nem queria, né?!..rs..rs no aeroporto uma sala exclusiva para a entrevista e recepção, eu e meu cinegrafista, Julinho, na sala com ar condicionado à espera do momento célebre. Papo vai, papo vem e convenhamos, jornalista fala demais...e nos bastidores até o que não se deve falar. Dona Raquel elogia o político e naquelas frases bacanas de mulheres diz...”altamente pegável. Que Beleza de homem, meu Deus!” Teria sido ótimo se a tropa de elite dos seguranças não monitorassem a sala com um gravador, não é mesmo?! É a vida! Só descobrimos depois da entrevista...


Nomes...problema crônico

Quem me conhece sabe de um defeito horroroso. Não consigo decorar os nomes das pessoas. Segredinho, em toda entrevista, seja com o prefeito que é conhecido da cidade, com aquele amigo especial, com um conhecido básico, escrevo o nome no papel. Não sei o que me dá, que no meio da entrevista simplesmente olho para o rosto da pessoa e não mais me recordo o seu nome. Preciso de tratamento eu sei...mas o legal é quando você não anota o nome. Foram tantas as situações que já cheguei a chamar um político da cidade de seu adversário maior no meio da entrevista...depois só mesmo um...Desculpa querido...e aquele sorriso amarelo para descontrair!


NÃO PÁRAAAAAAAA....

Para terminar esta seção que poderá ter muitas outras edições, afinal gafes não me faltam. Que tal você e seu cinegrafista em uma saia super justa? Há alguns anos nem tudo funcionava como esperávamos, em especial, uma câmera...também, o equipamento da era paleozóica não ajuda. Vamos para uma entrevista com um político famoso...por três vezes o equipamento parou, disse ao meu cinegrafista..se parar não fala mais nada, apenas me dê um olhar marcante. Recomeçamos...o olhar veio segundos depois...eu disse baixinho..CONTINUAAAAA...mas para que continuar se não estava gravando? Sei lá meu povo, tem horas que não dá mais, simplesmente não dá. Acabei a entrevista e quando fomos verificar não tinha era fita na câmera....Esta fica na conta do meu cinegrafista!